
O Sudário é um tecido de linho de 4,36m x 1,10m, irregular na tecedura, semelhante aos de sepulturas antigas. Traz impresso, como num espelho, as figuras dorsal e frontal de um homem torturado. O pano é claro e a figura mal aparece, por causa do amarelamento superficial dos fios. Não há sinais de vernizes, nem de cores, nem de chamuscamento. São evidentes duas listas escuras, que se alargam em oito manchas simétricas: são as queimaduras produzidas por um incêndio na capela de Chambéry, na noite de 3 de dezembro de 1532. Os oito pares de pequenos triangulos claros são pedaços de pano costurados como remendos. O Sudário era conservado num cofre revestido de prata; foi salvo do fogo quando o metal começava a fundir-se, ficando seriamente danificado ao longo das dobras, agora irremediavelmente carborizadas. A água usada para apagar o incêndio ensopou o lençol, formando halos romboidais, visíveis ao longo das bordas, acima da cabeça, na altura do tórax, dos ombros e dos joelhos da figura do Homem.